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07 de julho de 2016 - Ano 08 - Nš 385 | |||||||||
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Cada vez mais esquecido? Isso tem nome: 'demência do preocupado' Identifique se você sofre dos sintomas desse novo transtorno moderno |
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Vivemos em uma sociedade obcecada com a produtividade, na qual se valoriza realizar o maior número de tarefas no menor tempo possível. Esse excesso de responsabilidades que enfrentamos, juntamente com a sensação de estarmos continuamente conectados através do smartphone e outros dispositivos, deteriora a qualidade das atividades realizadas, o que leva a uma irremediável impressão de fracasso. Perceber continuamente que tem algo pendente e sofrer por não poder alcançar o sucesso em todos os aspectos da vida, passou a ser conhecido como a 'demência do preocupado', conceito recentemente cunhado pela neurologista Frances Jensen, autora de O Cérebro Adolescente.
O que nos levou a isso
Para a especialista, esse excesso de obrigações responde a uma questão de violência estrutural. "A multitarefa nos é vendida de inúmeras formas que, às vezes, podem ser atraentes ou inevitáveis: é cool, e se você não pode fazer tudo é porque você não é um bom profissional ou não conseguiu aproveitar o curso ao máximo. No Ocidente se fomenta um modelo produtivo no qual temos que competir de forma contínua para nos mantermos atuais, mas é quase impossível seguir o ritmo porque o nível de acontecimentos e possibilidades é infinito e absolutamente inalcançável".
Quais são as soluções
Avalie o seu caso concreto. "Todo mundo tem diferentes ritmos e formas de lidar com a sua rotina. Alguns preferem acordar cedo e outros trabalhar à noite; há pessoas que gostam de intercalar tarefas para evitar o tédio e outras se sentem mais confortáveis se concentrando em uma tarefa só até o fim", continua: "Normalmente, se ignora questões como a família, as doenças e as pessoas que temos sob nossa responsabilidade, mas são variáveis que têm um grande peso na maneira em que configuramos nossa vida". Se a nossa situação pessoal nos faz sentir sobrecarregados, García recomenda que se procure ajuda em outras pessoas e a criar em nosso entorno redes de apoio que nos poupem algum trabalho.
A resposta das empresas
No blog da consultoria Adecco se oferece uma receita aparentemente simples: reduzir as distrações e evitar a multitarefa. Segundo a empresa, temos a tendência de pensar que a melhor opção é realizar o maior número de tarefas no menor intervalo possível, mas quase nunca é assim. "Acaba repercutindo na concentração e na qualidade. Podemos nos equivocar com facilidade, e acabar tendo que refazer o que já foi feito", afirmam. E mais: nada disso funciona se você ficar grudado na celular quando sair do trabalho. "Precisamos voltar a nos conectar com nós mesmos, começar a ouvir o nosso corpo e levar em conta as nossas preocupações e tudo o que nos faz feliz", conclui Isabel García. De fato não há nada que te motive mais do que passar a próxima hora preso às redes sociais? Pois é.
A sobrecarga para as mulheres |
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