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28 de julho de 2016 - Ano 08 - Nš 388
Carreira
 

Não deixe para amanhã o que você pode mudar hoje
Alguns estudos mostram que o cérebro leva até 30 dias para se acostumar a uma rotina e transformá-la em hábito


Veja se você se identifica com o exemplo a seguir. Você entra às 9h no trabalho, mas tem a seguinte rotina - coloca o despertador para tocar às 7h30, mas atrasa o horário com a função Soneca e só toma coragem de levantar lá pelas 8 horas. O resultado você já sabe – mal consegue tomar um bom café da manhã, chega ao escritório atrasado e ainda corre o risco de cruzar com o chefe pelo corredor olhando meio torto. Se isso aconteceu mais de uma vez e não apenas às segundas-feiras, por exemplo, temos aí um hábito criado. 

Agora, pense em quantos maus hábitos criamos ao longo do tempo e que fazem parte da rotina sem ao menos percebermos que se trata de um mau costume. A boa notícia é que tudo isso é criado pelo nosso cérebro e pode ser reprogramado, trocando por hábitos melhores e assim ter mais qualidade de vida.

O começo de tudo

Tal assunto deu origem ao livro O poder do hábito, de Charles Duhigg.

Charles é repórter investigativo do "New York Times" e com base em mais de 300 entrevistas com cientistas e executivos, leitura de artigos e pesquisas em empresas, reuniu tudo em sua obra e chega a uma conclusão animadora – a chave para que cada pessoa tome iniciativas melhores, tais como fazer exercícios, parar de fumar, ser uma pessoa mais produtiva, ter controle financeiro é entender como os nossos hábitos funcionam.

Ok, mas você acha que é simples assim? Não, não é. Mas a ideia, segundo o autor, não é simplesmente abandonar um comportamento ruim, mesmo porque sabemos que não é fácil começar a frequentar a academia e achar super legal para quem é sedentário.

Para mudar um mau hábito é preciso primeiro entendê-lo e descobrir a sua origem. O livro ilustra isso muito bem e mostra que cada hábito é composto por três etapas: deixa, rotina e recompensa. 

Primeiro surge a deixa, aquele clique que aciona um comportamento, depois disso inicia-se uma rotina e em seguida vem uma recompensa que motivou a busca.

O ciclo acima foi descoberto por meio de uma experiência com ratos: quando colocados em uma caixa em formato de T, as cobaias farejavam o caminho, chegavam até a ponta direita e depois até a esquerda, onde encontravam o chocolate. A experiência foi repetida várias vezes até que os roedores iam direto para o lado esquerdo onde o chocolate era deixado sempre.

Pronto, estava criado um hábito.

Nós também passamos por isso. Os hábitos são criados para poupar o indivíduo de pensar ao executar tarefas simples como tomar banho, dormir e comer, por exemplo. Assim, os hábitos ajudam a preservar energia para coisas complicadas. O problema é quando o hábito é criado para automatizar algum comportamento prejudicial, como a preguiça de começar a fazer exercício pela manhã ou começar a investir.

A primeira dica é reconhecer um mau hábito e estar disposto a mudá-lo. Mas pra dar certo é necessário ser realista. Caso queira começar a praticar exercícios, não adianta se martirizar - acordar às 6h da manhã e sair correndo com a meta de fazer 5 km.

Se você é sedentário, provavelmente a experiência será péssima. Você vai ficar quebrado e achar que definitivamente não tem a mínima aptidão para práticas esportivas. Em vez disso, que tal começar aos poucos? É preciso tornar a "deixa" prazerosa, já que é o início de tudo. Por exemplo, se dê de presente um tênis novo e deixe próximo da sua cama a roupa para se exercitar.

Em vez de começar numa segunda-feira, tente começar no sábado, chame um amigo para acompanhá-lo e comece a fazer uma simples caminhada. Como recompensa você pode dar uma parada para tomar uma água de coco ou até mesmo programar uma viagem e fazer uma caminhada neste lugar diferente.

O importante é você encontrar uma gratificação que lhe agrade após o exercício para fazer disso um hábito. Se tiver uma recaída, não se culpe: o importante é não desistir.

Alguns estudos mostram que o cérebro leva até 30 dias para se acostumar a uma rotina e transformá-la em hábito.

Lembre-se que isso só vai dar certo se você compreender o real desejo e motivação por trás de um novo hábito. Por exemplo, é difícil economizar dinheiro e fechar o mês no azul? Então, que tal se propor a planejar uma viagem de férias, por exemplo? Não é uma motivação prazerosa?

Para isso, pesquise quanto isso vai custar e calcule quanto você precisa economizar por mês para fazer aquela viagem nas próximas férias. Assim, quando bater aquela vontade súbita de trocar de carro ou gastar com supérfluos lembre-se do seu objetivo e ocupe o seu tempo com outra coisa naquele instante.

Se até agora tudo isso pareceu muito bom na teoria e difícil na prática, deixamos aqui uma última reflexão para ajudar a conquistar novos e bons hábitos. 

Suas crenças se tornam seus pensamentos.
Seus pensamentos se tornam suas palavras.
Suas palavras se tornam suas ações.
Suas ações se tornam seus hábitos.
Seus hábitos se tornam seus valores.
Seus valores se tornam o seu destino.
(Mahatma Gandhi)

Fonte: http://blog.rico.com.vc/

 
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