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4 de maio de 2017 - Ano 08 - Nš 427
Carreira
 

O clima organizacional como maior indicador de resultados
Se o colaborador é o capital de maior valor dentro da empresa, quem mais indicado para servir de termômetro e evidenciar resultados?


Os profissionais de recursos humanos estão cada vez mais envolvidos e preocupados com os indicadores e métricas. São muitos os serviços que o profissional de RH pode disponibilizar a uma empresa. Desta forma, também são muitos os indicadores e números a acompanhar e analisar, no decorrer da implantação de práticas de Gestão de Pessoas.

De fato essa preocupação é válida e extremamente necessária, afinal, os indicadores jogam luz sobre os resultados que estão sendo obtidos com as estratégias utilizadas e expõem possíveis necessidades de correções, ajustes, e até mesmo a implantação de novas estratégias. Entretanto, gostaria de ressaltar neste artigo a importância de uma das ferramentas mais valiosas que o profissional de RH pode ter nas mãos: a gestão do clima organizacional.

A pesquisa de clima organizacional pode e deve ser vista como muito mais que apenas um formulário com perguntas e respostas que é enviado aos funcionários para cumprir um protocolo semestral, como é aplicada em muitas empresas. A pesquisa de clima é, na verdade, mais um dos indicadores da área de recursos humanos, e um dos mais potentes, pois traz à empresa a realidade dos efeitos de suas decisões e estratégias, como elas são vistas, percebidas, sentidas e vivenciadas pelo seu capital de maior valor e importância: o seu colaborador.

É indiscutível, na atualidade, o valor imensurável do colaborador para as empresas. É sabido que este é, na verdade, quem constrói o futuro da mesma. Por esse motivo vemos que as organizações estão investindo cada vez mais em seus funcionários, seja através de benefícios e salários atrativos, incentivo aos estudos do menor ao maior grau, bônus, educação corporativa, etc. É perceptível a diferença entre uma empresa que investe nos seus colaboradores e uma que não o faz. A que treina o colaborador para a realidade corporativa, para os relacionamentos interpessoais, de equipes, e o mantém preparado, capacitado, logo, mantendo-o motivado com ganhos a longo prazo, tende a ter melhores resultados.

Todos esses fatores, dentre outros, colaboram para a criação do que conhecemos como clima organizacional, que pode se comportar como uma brisa refrescante, ou como um vendaval, mudando de uma hora para outra, dependendo das mudanças (ou falta de mudanças) que acontecem em uma organização. Muitas são as causas que fazem "o tempo virar", mas boa parte delas se encontra na realidade da experiência do colaborador dentro da empresa. Uma vez chegando o vendaval, é muito mais difícil lidar com ele. A insatisfação de poucos pode se tornar a de muitos, ou até mesmo de todos, contaminando de maneira sutil, porém eficaz, o ambiente da empresa, os relacionamentos de equipes, e até mesmo a execução dos processos.

Dada a importância do clima organizacional, podemos também chegar à seguinte conclusão a respeito do colaborador. Se ele é o capital de maior valor dentro da empresa; se é este dito cujo quem "sofre na pele" todas as decisões vindas de cima; se este indivíduo é quem sabe exatamente os prós e os contras da realidade diária da empresa; se ele é quem está em contato constante com clientes externos, clientes internos, fornecedores, etc., então quem mais indicado que ele para servir de termômetro e de base para evidenciar resultados?

O foco da gestão de recursos humanos está em seu nome. Portanto, adquirir através do maior capital de uma empresa o entendimento de que se está indo pelo caminho correto ou não, é não apenas válido, como é gestão de recursos humanos. Por esse motivo, o clima organizacional pode se mostrar como um indicador poderosíssimo, pois uma empresa pode estar aumentando seu faturamento em função de uma mudança em seu clima, podendo trazer prejuízos a longo prazo. Quem nunca viu uma empresa aumentar as vendas e a produção, enquanto os funcionários iam se sentindo cada vez mais insatisfeitos com mudanças bruscas ou excesso de trabalho? Um clássico, não é mesmo?

Portanto, entendemos que os colaboradores e o clima da organização, em conjunto, são o termômetro que indicará à empresa se o caminho tomado está sendo benéfico ou prejudicial para quem a mantém viva em seus processos, tendo consequentemente, o mesmo efeito para quem a direciona.

Por: Sarah Lima, consultora de Recursos Humanos, atua com Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Treinamento de Lideranças e outras demandas da área.

Fonte: RH Portal